Precisamos falar sobre a pílula

A cada dia que passa chegam a mim (e acredito que a muitas de nós) histórias de mulheres com complicações vasculares graves decorrentes do uso contínuo e prolongado de anticoncepcionais hormonais. Leia-se: pílula, injeções e outros métodos que se baseiam na liberação de hormônios femininos na corrente sanguínea.

Pra quem não sabe o uso de anticoncepcionais hormonais é fator de risco importante para trombose e outras condições vasculares sérias.

Na maioria dos consultórios de ginecologia as pílulas são prescritas sem critério, sem rastreamento de doenças pré-existentes que possam aumentar o risco de trombose (trombofilia, por exemplo), mal se pergunta ou se alerta sobre o risco de misturar pílula e tabagismo ou pílula e longas viagens de ônibus ou avião. E também não se conversa sobre o prazo do “tratamento”. 10, 20 anos direto tomando é comum por aí.
Muitas meninas chegam ao consultório adolescentes e saem com uma prescrição de pílula (quando não saem já com a caixinha na bolsa) para evitar a gravidez, para atenuar os sintomas menstruais, até mesmo para melhorar a pele.
Não se fala sobre o ciclo, não se fala sobre os riscos, não se propõe outras alternativas.

No que diz respeito à cólica, há pouquíssimas pesquisas visando a evolução de meios não hormonais pra aliviar os desconfortos menstruais. Isso não deve ser muito interessante de pesquisar diante desse monopólio das pílulas, né?
Enfiam logo a pílula nossas goelas abaixo, resolvendo o “nosso” problema de engravidar, deixando as mulheres, criaturas cíclicas e oscilantes por natureza, totalmente flat, em vez de trabalhar com a nossa ciclicidade, em vez de estimular o autoconhecimento e a aceitação da nossa natureza.

Por que também não ouvimos falar de pesquisas sobre anticoncepcionais masculinos? Já li que os poucos pesquisados causariam muitos efeitos colaterais nos homens. Tipo o que? Trombose? Embolia pulmonar, AVC e morte? Tem como ser pior que isso?

(Sobre isso, acabou de sair essa notícia aqui, bem interessante. Rezemos.)

Desde adolescentes entubamos a pílula. Muitas vezes por pressões do próprio parceiro, muitas vezes por implicância dos rapazes com a camisinha. E temos nós que arcar com o peso da responsabilidade de uma possível gravidez, como sempre, mesmo na hora de evitá-la.

Tão comum ouvirmos que “fulana é responsável, está se cuidando, tomando pílula direitinho”. Se cuidando. Pra ter uma trombose ou AVC daqui a 10 anos.

Isso é MUITO sério.

As meninas, ainda novinhas, precisam aprender sobre seus corpos, sobre seus ciclos. Precisam aprender a se observar e a buscar outras formas de administrar os desconfortos menstruais, mesmo que farmacologicamente, mas não implicando na total inibição do ciclo.

Ouço e leio muitos relatos contando que um dos motivos pelos quais o ginecologista prescreveu a pílula foi pra “regular o ciclo”. Regular? Inibindo completamente? Certo seria dizer de uma vez “inibir o ciclo”. Por que não falar a verdade?
Muitas contam como seu “ciclo” ficou certinho, um reloginho, depois da pílula, e que a menstruação passou a ser mais escassa e suave. Acontece que não te contaram que o sangramento que vem todo mês no mesmo dia e horário se chama sangramento por supressão, e não menstruação. E que ele acontece por que você deu aquele intervalo de 4 ou 7 dias (dependendo da dosagem/do fármaco) entre as cartelas, fazendo os níveis hormonais caírem e liberando o sangramento do quase nulo tecido endometrial que estava no útero.

E tem mais: e o câncer de mama? Certamente vocês já ouviram falar sobre a relação entre uso de anticoncepcionais hormonais e o risco pra câncer de mama, né? Isso é um pouco mais difundido do que os problemas de ordem vascular, ainda assim nem sempre somos perguntadas a respeito do histórico familiar antes de recebermos uma prescrição de anticoncepcionais hormonais. E isso é basicamente um PERIGO muito muito grande.

Temos que difundir essas informações. Temos que informar a todas as nossas amigas, irmãs, sobrinhas, filhas a respeito desses riscos que nos são quase que completamente omitidos.
A sociedade precisa aceitar e entender que nossa ciclicidade é natural e é bem vinda.


Pequena prova de resistência

Eis que surge um show imperdível. Quero ir. O pai quer ir. Vamos os três então.
Afinal, filha, neta, sobrinha de músicos tem que se habituar a esse tipo de coisa. Crescer nesse ambiente de shows e estúdios, como eu cresci. Ela vai curtir, é música, é divertido. Aham.
Chegou, pediu pra ir embora. Ficou com medo das luzes que se apagaram. Chorou, esperneou, me arrependi de ter ido. Gritou no meio do show, quase abri um buraco no chão e me enfiei.
Foi relaxando, curtindo os aplausos, aplaudindo junto. Começou a brincar e correr, dando gritinhos (cadê meu buraco no chão?).
Corre de cá, corre de lá, aplaude entusiasmada, dá uma dançadinha e fala bem alto “minha fralda tá caindo!” andando desengonçada.
Em breve teria que sair do auditório e catar um lugar pra trocar essa fralda.
“Fiz cocô!!” assim, bem alto. Olhei, não tinha nada, só uma fralda “saint tropez” de tão pesada. Resolvi trocar.
Vasculho a bolsa em busca da fralda e nada. Tiro tudo da bolsa e nada. Ficou em casa.
Comecei a rezar pra esse “fiz cocô” ter sido 100% alarme falso. Até um cheiro característico me tomar as narinas. 100% alarme verdadeiro de menina quase desfraldada.
E nada na bolsa. Nem fralda, nem calcinha, nem short, nem calça. E nem farmácia aberta no centro da cidade depois das 20h.
Tiramos a fralda, limpamos…e agora? Vestido puro sem nada por baixo?
“Pega esse vestido sobressalente aí e vamos amarrar ele aqui”: a grande idéia do pai. Oba! Sacola plástica na bolsa! Perfeito. Amarra daqui, puxa dali, Cecilia exclama “fralda de pano!” achando bem engraçado. Pronto.
E foi só ficar de pé que caiu tudo no chão.
Enquanto isso o show lindo, sublime, acontecendo. As músicas maravilhosas como trilha sonora da nossa pequena tragédia.
Bom, vai sem nada mesmo.
Sigo pedindo pra ela me avisar caso tivesse vontade de fazer xixi. Repeti algumas (muitas) vezes e a espoletinha correndo pra todos os lados com aquele vestido esvoaçante, curtindo a liberdade.
Acaba o show. Aplausos, cumprimentos, despedidas rápidas e eu preocupada com um possível estrago na cadeirinha do carro, quando me lembro que na mala havia uma sacola com absorventes pós-parto para doação.
Rá! Voltou pra casa sobre um deles, dormindo, desmaiada, chapada, entregue.
Cadeirinha intacta, criança dormindo como um anjo, pais destruídos.
Mas fomos ao show.


2 anos

Acordo cedo, dou café da manhã, troco fralda sob protestos, tento tomar café/ir ao banheiro/me arrumar, troco fralda de novo, arrumo a bolsa de sair, arrumo a criança pra sair, não quer sair, chororô, ataque, se joga pra trás, pego no colo à força, saio, distraio “Obaaa! Pracinha!”, ando à pé com ela no colo até a pracinha (que não é do lado), se diverte a valer, gargalhadas, alegria de viver, corro atras, não desgrudo ozoio, ergo os quase 12kg sobre o escorrega, e de novo e de novo e de novo, e corro atrás, “Opa! Caiu! Já passou, passou”, beijo, abraço, carinho, limpo a mão, sujou, limpo de novo, sujou, limpo mais uma vez antes de pegar uma uva, e dou uma, duas, três uvas, “Ai meu dedo!!! p$^$&%$# mordeu meu dedo!” (mais um machucado pra minha coleção), vamos pra casa, não quer ir, chororô, se joga pra trás, pego à força (já suando, toda desmontada), sigo levando no colo, quer “Descer pro chão! Passear, mamãe”, corre, corro atrás, “De mão dada! Aqui passa carro!”, corre, corro atrás, pego no colo à força, se joga pra trás, me arranha (e a coleção cresce mais um pouco), distraio, começo a subir a ladeira, “Descer pro chão!”, pego à força pra agilizar a subida, protestos mil, chego em casa, banho junto, gargalhadas, brincadeira, bagunça, saio do banho, não quer sair, me visto, tento tirar do banho, não quer sair, agacha no banho pra fazer xixi, “Que bom! Muito bem!”, faz cocô (…), limpo o cocô, limpo a criança, tento tirar do banho, não quer, ataque, chororô, se joga pra trás, distraio, seco, visto, vou preparar um ovo e fazer o prato, dou o almoço, “Hummm! Delicioso!” (de onde ela tirou isso??), comida no chão, no cabelo, na camiseta, não quer colher, só com a mão, ok, se lambuza aí que depois eu limpo, acabou, limpo (rosto, mãos, cabelo, tronco, membros), troco roupa, escovo os dentes, “Mais pasta, mamãe! Pasta!”, ok, só dessa vez, troco fralda, “Mais pasta!”, “Agora não”, chororô, se joga pra trás, abraço, beijo, colo, peito, ufa, dormiu. Acabou? Nananinanão.
Varro sala, limpo chão, arrumo os brinquedos, arrumo o quarto, boto as fraldas de molho…e ainda não acabou. Não são nem 4 da tarde e eu podia deitar e dormir até amanhã. E foi só o primeiro round.


Um pouco mais sobre amamentação

Hoje começa a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) e me deu vontade de escrever sobre algumas questões que encontramos pela frente ao longo desses 22 meses de amamentação (and counting…).

Vejo atualmente uma grande batalha a respeito de assuntos como a via de nascimento e a amamentação. Neste último caso, de um lado, ativistas extremos que defendem com unhas e dentes que o bebê deve ser deixado ao peito custe o que custar que o leite vem naturalmente, em decorrência desse estímulo. De outro, os que juram que o leite é pouco e fraco e dão logo uma mamadeira de fórmula antes mesmo de deixar a maternidade. Sinceramente, extremos não são legais…
Existe uma infinidade de variáveis no binômio Mãe-Bebê que contribui para sua singularidade. Cada família tem suas questões, sua dinâmica, seu jeito de encarar desafios. E se tem uma coisa que eu considero violência é passar por cima disso e pregar o que quer que seja.
Falando da minha experiência, que narrei neste texto, aqui, apesar de toda uma conjuntura a favor de um puerpério tranquilo e cheio de leite, o leite não veio como esperado. Veio devagarzinho, gradativamente. Sentia muita dor e certamente isso teve influência sobre a baixa produção de leite. Depois, a própria tensão gerada pela baixa produção de leite e perda de peso inicial da Cecilia foi, por si só, grande colaboradora para a manutenção dessa baixa produção.
Posteriormente, lendo sobre os processos fisiológicos da amamentação, descobri que os hormônios do estresse reduzem a produção e secreção de prolactina, o hormônio responsável pelo estímulo à produção de leite. Faz todo sentido.
Na natureza é muito comum mães estressadas “desandarem” na função da maternidade, comendo seus filhotes ou os abandonando. Todo mundo sabe que não se deve mexer num ninho com filhotes de pássaros, por exemplo, pois o cheiro das nossas mãos fica impregnado no ninho e estressa a mãe, que pode abandonar os filhotes. Estou dando exemplos mais extremos, mas eles ilustram muito bem o quanto essa sintonia é fina e o quão delicado é o período do puerpério.
Aqui, depois que relaxei a respeito de dar fórmula (por relactação), a coisa começou a fluir e o leite foi vindo. Eu decidi que não queria que ela passasse fome nunca mais. Decidi que daria a fórmula por sondinha pelo tempo que fosse necessário e que esse desmame da “amamentação artificial” se daria de forma gradual e espontânea. Foi exatamente o que aconteceu, aos 9 meses de idade dela. A relactação foi o nosso jeito de amamentar.
Até os 6 meses, Cecilia nunca ingeriu nada que não fosse através do peito, com auxílio da sondinha. Mamava no peito sem sondinha e, a cada 3h, eu oferecia o complemento na dose que eu sentia ser adequada. Aprendi a observar seus sinais de saciedade e quem ditava a dose era eu. Tivemos muito apoio do pediatra e da equipe do banco de leite do Instituto Fernandes Figueira, além de familiares e amigas (Saaantas criaturas!) empenhados nessa missão.
Recentemente descobri alguns textos contra-indicando este método (relactação) como forma de aleitamento, alegando que ele só serve para estimular a produção de leite em quem não amamenta mais e quer voltar (em caso de mães que tiveram que parar de amamentar por motivos de saúde) e em caso de adoção. Estes textos preconizam o uso do copinho (tipo aquele de cachaça ou mesmo de cafezinho) como única e exclusiva forma de oferecer fórmula ou leite ordenhado para o bebê em caso de necessidade. Sinceramente, eu acho um pouco (pra não dizer “um muito”) complicado você, puérpera, exausta, doída, nervosa, ter que acordar de madrugada e dar leite pra um bebê em um copinho. No mínimo, derrama. O bebê engasga. Você fica mais tensa. Você fica desesperada porque não está conseguindo alimentar o bebê. Você entra em pânico. Você dá uma mamadeira.
Eu acho sensacional quem consegue/conseguiu usar apenas o copinho pra oferecer leite ao bebê. Admiro demais. E sei que tem famílias que conseguem, que encontram um jeitinho, um esqueminha. Daquelas conjunturas únicas que só as famílias têm. E, vale dizer, o copinho é uma excelente opção pra quem não pode amamentar por que está com muitos ferimentos no peito (o que é bem comum no início da amamentação), por exemplo. Geralmente, esse período de ferimentos passa rápido e a amamentação natural pode seguir seu curso.
Mas quando o problema é baixa produção de leite, em alguns casos, como de mulheres que fizeram mamoplastia no passado, o complemento tem que ficar por todo o período de amamentação. E conheço mulheres incríveis que amamentam no peito, com sondinha, até bem depois de 1 ano do bebê, pois é o que há de melhor pra ele naquelas circunstâncias. Há todos os benefícios que mamar no peito oferece em termos de estímulos e desenvolvimento oro-facial, há o aconchego, há o leite materno, que mesmo insuficiente, está presente e é fundamental e há o aporte calórico da fórmula pra proteger a criança da desnutrição. E tudo bem que não foi aleitamento exclusivo por 6 meses. Foi o que deu pra ser. Foi muito batalhado, foi cuidado com carinho, com consciência e informação.
Acho que a grande chave está aí, na consciência e na informação. Toda escolha é válida quando se tem ferramentas reais para fazê-la. E quando falo em ferramentas reais, não estou incluindo o pediatra fofo que fala que “Teu leite é fraco, mãe. Coitadinho. Vamos dar uma mamadeirinha pra ele. Vai dormir que é uma beleza.”. Não. De jeito nenhum. Estou falando de buscar informações concretas e ajuda de profissionais amigos da amamentação, como consultoras e os que encontramos nos bancos de leite, dentre várias outras organizações, associações e sociedades dispostas a proteger esse bem tão precioso.

Segue abaixo uma listinha com alguns links importantes pra quem quer amamentar, quem amamenta, quem tem filha que amamenta, quem tem amiga que amamenta, quem tem companheira que amamenta, irmã, tia, prima…

Rede Brasileira de Bancos de Leite

Amigas do Peito
La Leche League
Aleitamento.com
Amamentar é – por Chris Nicklas
Breastfeeding Inc.


Para o segundinho

Desde que Cecilia nasceu, por mais bem informada que eu estivesse, errei milhares de vezes, com pequenas coisas, com coisas mais importantes, enfim, num esquema total de tentativa e erro. Acredito que com a maioria das mães de primeira viagem seja assim.
E a cada erro eu pensava comigo: “Juro que não vou errar isso de novo quando vier o segundinho!!”. E também gastei muita energia preocupada com coisas simples.
Bom, por isso crio esse post, que provavelmente será o primeiro de uma série, como forma de guardar todas as dicas que a vivência me proporciona para não errar de novo. E para, talvez, ajudar a outras mães de primeira viagem também.

Na maternidade:
– Não quero que o bebê saia de perto de mim nem por 1 segundo sequer! Deixei Cecilia ir pro berçário tomar a vitamina K e a “graciosa” enfermeira segurou ela lá por 40min sem motivo algum. Não se repetirá!
– Não deixarei que a “graciosa” enfermeira faça a primeira troca de fraldas, pois a maldita emplastrou Cecilia de creme contra assaduras que demorou semanas pra sair. Não, não vou deixar.

Primeiros dias em casa:
– Se estiver friozinho, o primeiro banho pode esperar.
– Quando for rolar, não vou molhar o umbigo. Isso deixa ele com aspecto de podre, com cheiro ruim, e isso não combina nada com um bebezinho recém-nascido lindo. Dá pra ser um banhinho meio de gato tranquilo. O recém-nascido é um ser muito limpinho.
– Ainda sobre o banho, recém-nascidos sentem frio. Muito frio! Então é legal enrolá-lo numa toalha, no estilo pacotinho, e lavar a cabecinha dele na pia antes de colocar na banheirinha ou balde. Isso encurta o tempo de banho e mantém ele confortável. Até hoje lavamos a cabecinha da Cecilia na pia e ela adora!
– Achamos body+calça mais prático que macacão. E usamos mais  bodies de manga curta do que de manga comprida.

Sobre o sono:
– Bebês recém-nascidos dormem bastante. Isso pode ser ótimo, mas não vou deixar passar mais de 3h como deixei acontecer com a Cecilia. Ela não teve problemas específicos por isso, mas pode acontecer do bebê ficar com hipoglicemia. Fora que é importante que o bebê fique bastante no peito pra estimular adequadamente a descida do leite.
– Vou usar o bercinho acoplado à cama desde o início! É a melhor coisa que tem! O meu é esse aqui.

Sobre amamentação:

Esse foi o ponto crucial, vide nossa saga.
– Tem que fazer cocô amarelo logo que descer o leite!!! Se não fizer, vou procurar ajuda imediatamente!!
– Provavelmente vou ter me esquecido dos detalhes da pega correta e tal, então acho que chamarei uma consultora de amamentação em casa logo que chegarmos da maternidade.

Passeios:
– Vou comprar um carrinho e um bebê conforto especialmente legais para recém-nascidos. Isso atravancou nossas primeiras saídas, pois o bebê conforto ficava enooorme e o carrinho idem. Tentamos todas as gambiarras, forramos com capas, colchonetes e etc, mas não era legal. Ficamos sem jeito, com medo de sair, era sempre um estresse. No próximo não tem erro!

Eu
– Juro que vou segurar as rédeas do ganho de peso durante a gestação! Juro!!! Estou com 8kgs a mais que não me deixam por nada. E mulher amamentando não pode fazer dieta, né?
– Roupa boa é aquela que não marca a barriga, que dá pra puxar o decote e colocar o peito em ação rápido e sem ter que ficar forçando. O resto vai ficar encostado no guarda-roupa por uns dois anos. É isso.
– O cabelo cai. Muito. E é normal.
– Lembrar de comer muita fibra e beber muita água. Pós-parto não é mole…

Acho que por hora é isso.


Amamentação – a saga

Amamentar não é mole. Hoje eu posso dizer com toda certeza que parir é fichinha perto de amamentar. Claro que isso não vale pra todas, mas pra mim foi assim.

Segue abaixo nossa saga…

Cecilia nasceu no dia 12 de Outubro de 2013, pesando 3,320kg e medindo 48cm, de um parto de cócoras (na banqueta) natural maravilhoso. A gravidez foi impecável desde a concepção.
Durante esse período, eu, que também nasci de cócoras, mergulhei nesse mundo e estudei tudo o que pude, fiz ioga, fisioterapia pélvica, enfim, me preparei física e emocionalmente para o parto e a maternidade.
Quando ela nasceu, veio direto pro meu colo e mamou logo em seguida. Nos separamos por cerca de 40 minutos, o que eu considerei muito. Coisas da enfermagem da clínica, que parecia querer mais atrapalhar do que ajudar. Já no quarto, mamou mais e, tanto o pediatra como outros membros da equipe do parto, comentaram que a pega e a postura estavam ótimas. Pareciam estar mesmo.

Nos dias que se seguiram ao nascimento, ela dormia muito e, quando estava acordada, ficava grudada no peito. A apojadura aconteceu logo no segundo dia, mas foi muito branda, sem aquela exuberância que ouvimos dizer por aí, dos peitos que parecem que vão explodir, de leite pingando pra todo lado. Aqui rolou só um desconforto nas axilas, um pouco de inchaço e só. Praticamente sem vazamentos.
Os bicos, porém, doíam bastante, mas não chegaram a ferir. Acontece que a dor era persistente e não melhorou após a primeira semana. Cecilia passava o dia inteiro no peito, sem desgrudar. Se tirasse, ela abria o berreiro. Eram 10, 12h com ela grudada. Meu marido tinha que me dar comida na boca até. Só tinha algum descanso quando ela dormia. Algo definitivamente estava errado.
Quando ela tinha cerca de 6 dias me bateu o pavor de achar que ela não estava mamando. Não ouvia goles, não via leite na boquinha dela, não via ela mamar com aquele ritmo de quem está deglutindo. Parecia ficar só de “chupetinha” e não via ela ganhar peso, pelo contrário, estava minguando. Fiquei apavorada. Esse insight aconteceu de madrugada e eu amanheci querendo ir direto pro banco de leite, mas ficamos todos com receio de sair de casa com ela tão novinha, especialmente para um hospital. Isso foi um grande erro.

Finalmente, quando chegou a consulta do pediatra, aos 9 dias de nascida, Cecilia havia perdido 20% do peso, caindo para 2,650kg. O pediatra se mostrou preocupado e logo prescreveu o leite artificial (LA, que chamamos carinhosamente de “leitinho” – o diminutivo atenua muita coisa) por uma técnica chamada relactação. Coincidentemente havia lido um relato naquele dia mesmo que incluía a técnica e já sabia do que ele estava falando. Nos recomendou que fôssemos ao banco de leite, mas disse para iniciarmos naquela noite mesmo.

Ele observou que as fezes dela ainda eram mecônio e, nesse ponto, já deveriam ser amarelas há muito tempo. As fezes amarelas indicam que o bebê está digerindo. Nunca vejo ninguém falar sobre isso e é um indicador importante sobre o estado nutricional do bebê neste primeiro momento

 

Sobre a relactação

A técnica consiste no uso de uma sonda de aspiração traqueal ou nasogástrica bem fininha (num. 6 ou 4) que é introduzida pelo cantinho da boca do bebê depois que ele abocanha do peito. Assim, ele mama no peito o LA, como se fosse de canudinho, mas mantendo a pega no peito e trabalhando os músculos corretos, além de estimular a produção de leite na mãe.

É uma técnica muito usada para mães que deixaram de amamentar voltarem a produzir leite, assim como também é usada para que mães adotivas possam amamentar.

Teoricamente é uma técnica com prazo de validade: desceu o leite, a produção aumentou, retira-se a sondinha e segue-se a amamentação natural.

Acontece que às vezes ela acaba ficando no esquema de alimentação do bebê por mais tempo…

Bom, a primeira vez que usamos a técnica foi traumática: não sabíamos fazer direito, Cecilia engasgou, engoliu muito leite de uma vez, ficou muito vermelha, suada e prostrada, com os bracinhos moles. Horrível! Corremos para a clínica onde ela nasceu para que um pediatra desse uma olhadinha, mas estava tudo bem. Foi só o susto e o peso do LA em seu estômago. Acontece que eu fiquei um tanto traumatizada e ficava uma pilha a cada vez que oferecíamos o “leitinho” pra ela na sonda. Era uma adrenalina só acompanhada de choradeira (minha, não dela) a cada 3h e eu sempre me questionando o que havia dado errado com a amamentação. No banco de leite me disseram que a baixa produção tinha sido causada pela pega errada que, além de me causar muita dor, não estimulou adequadamente a produção de prolactina. Pode ser…
Mas acontece que vejo mães que tiveram bebês prematuros, impossibilitados de mamar, transbordando leite mesmo sem esse estímulo. Vai entender…

 

Passamos várias semanas indo ao banco de leite semanalmente e ao pediatra pra pesar e avaliar a conduta. Esse período foi muito cansativo pra todos (meus fiéis escudeiros: marido, mãe, pai, irmã).
Toda a infra que precisamos ter em casa pra cuidar da higiene das mamadeiras e das sondinhas dava muito trabalho. Ainda não tínhamos achado a sondinha pra vender, então ficávamos revezando entre as duas que nos deram no banco de leite. Isso significava o marido (ou quem estivesse junto enquanto ele viajava a trabalho) ter que levantar de madrugada pra lavar sondinha (passar água com sabão e depois água fervente, com ajuda de uma seringa) a cada mamada.

Bom, o tempo foi passando, a sondinha foi sendo abraçada por nós como o nosso jeito de amamentar. E o leite do peito também estava sempre presente, pouquinho, mas presente e muito importante.
Pra ajudar, comecei a ordenhar com bomba elétrica e logo senti a produção aumentar um pouco, via ela dando goles quando mamava só no peito e isso me deu muita esperança de um dia retirar o LA.
Mas isso não durou muito: Cecilia foi parando de sugar. Acomodou ao fluxo fácil da sonda num. 6 que estávamos usando e que teve um efeito meio de mamadeira. Quando dava o peito puro pra ela, ela simplesmente não sugava. Nesse período a velocidade de ganho de peso dela caiu e acabou fazendo um platô na curva de crescimento que preocupou bastante o pediatra. Ele sugeriu que aumentássemos o volume. Ela estava com cerca de 2 meses e tomava 60ml a cada 3h. Depois disso tivemos que aumentar para 80ml.

Me desesperei com isso tudo, tive uma crise. Era demais pra mim. Muita dedicação para pouco resultado. Cogitei a mamadeira, mas logo aboli a idéia. Uma fono, consultora de amamentação me explicou que a mamadeira mobiliza uma musculatura totalmente diferente da musculatura mobilizada durante a amamentação e que, usando a sondinha, eu ainda continuaria a produzir leite e manteria minha filha no peito.
Então eu resolvi relaxar. Decidi que usaria a sondinha até quando fosse necessário, mesmo que passasse 2 anos com ela. Ela era a minha garantia de ter minha filha no peito, algo que é tão importante pra nós duas e que garante alguma produção de leite. Pelo leite materno vale tudo. Mesmo que seja só uma gotinha, vale todo esforço.
Nessa época estava trocando muitas idéias com outras mães que passaram esse sufoco na amamentação e uma delas me deu o maior apoio, pois tinha conseguido tirar o LA e sair da sondinha. Me deu de presente um monte de sondinhas que ela tinha lá, além de outros apetrechos, e me escreveu uma carta super carinhosa explicando que há luz no fim do túnel.
Além de me fazer sentir mais forte e energizada com seu apoio, as sondinhas que ela nos deu eram muuuuuito fininhas e não tinham que cortar a ponta (as outras precisam ser cortadas porque têm vários furinhos. Ao cortar, a ponta fica meio “espetadiça” e às vezes pode incomodar mãe e bebê durante a mamada).
Comecei a usar as sondinhas novas e fui vendo que a Cecilia estava sugando melhor. E melhor. E melhor! E minha produção começou a aumentar!

Fomos ficando experts na téncica, compramos mais sondinhas, montamos um esquema otimizado pra facilitar as madrugadas e as saídas de casa.
Nesse ponto Cecilia já estava com o peso adequado à idade, segundo a curva de crescimento. Ela foi crescendo, o peso aumentando e a dose do complemento estacionada em 80ml. E se passaram 2 meses e a dose lá, estacionada.

Pouco antes da consulta de 4 meses, resolvemos reduzir a dose para 70ml pra observar a aceitação e tudo transcorreu muito bem. O ganho de peso aferido na consulta também estava perfeitamente normal.
O pediatra me disse que, segundo os seus cálculos, se a Cecilia estivesse apenas na mamadeira, estaria tomando em torno de 200ml por vez e que, como estamos dando apenas 70ml, o meu leite equivale a cerca de 2/3 de tudo o que ela consome. Esse foi um golaço!! Saí muito satisfeita da consulta! Todo o esforço tinha valido a pena e estava dando bons frutos!

Ao longo do mês seguinte mantivemos a dose em 70ml e Cecilia não parecia estar com fome. Muitas vezes passávamos das 3h de intervalo porque ela simplesmente não solicitava. Foi a primeira vez que passamos 1 mês inteiro sem pesá-la.

Finalmente, na consulta do quinto mês (Cecilia com 5 meses e 9 dias), nos foi sugerido começar a introdução alimentar.

Defendo o aleitamento materno exclusivo por 6 meses, como preconizado pela OMS, mas como nunca estivemos em aleitamento materno exclusivo, não vi problema algum em apresentar o mundo das frutas pra ela um pouco antes. No mês que vem já substituiremos uma mamada do complemento por um vegetal amassadinho.
Não imaginava que o “leitinho” só iria sair com a introdução alimentar, mas tá valendo.

Confesso que sinto certa frustração por não ter conseguido amamentar exclusivamente, mas, fazer o que? Foi o que conseguimos. Ao mesmo tempo, tenho orgulho por termos conseguido vencer essa batalha sem mamadeiras pelo caminho e sem desmame precoce. E por ouvir do nosso pediatra que a considera uma bebê que mama no peito.

Imagino que agora o “leitinho” vá saindo aos poucos conforme as comidinhas forem entrando. E, num futuro próximo, estaremos só com peito e comidinhas.
E o peito só sai quando Cecilia quiser.

 


O Nascimento da Cecilia

Para inaugurar o renascimento deste blog, nada mais festivo que a chegada da nossa florzinha ao mundo.
Segue nosso relato de parto <3

Estava com 40 semanas e 6 dias e ainda sem sinais evidentes da proximidade do parto.
Era sexta-feira, 11/10/13, quando acordei de manhã com muita dor na lombar. Logo percebi que algo estava diferente.

A dor, antes meio difusa e irregular, começou a apresentar um padrão ritmado e resolvi entrar no banho morno pra ver o que acontecia. Engrenou.

Meu marido, que tinha viagem e compromissos marcados, teve que sair desmarcando tudo e passou a manhã nessa função. Eu me recolhi no quarto e me entreguei ao processo.

A dor era basicamente no sacro (osso da parte posterior da bacia). Não tinha sensações na barriga, apenas no sacro. Era como uma cólica menstrual forte, mas daquelas que pegam a lombar. Comecei a contar a frequência e me surpreendi quando constatei que estavam vindo com cerca de 5 minutos de intervalo, durando perto de 1 minuto. Liguei pra minha obstetra contando o ocorrido e ela, super tranquila, me respondeu apenas “Que bom. Já ligou para a E.O.? Pode ligar”.

Fazia parte do nosso esquema de parto o apoio de uma Enfermeira Obstetra (E.O.), que me monitoraria durante o trabalho de parto (TP) em casa (antes de ir pra clínica) e passaria os dados para a obstetra. Tivemos algumas consultas com ela no final a gestação e estabelecemos uma relação super legal.

Meu marido ligou para ela, que o incumbiu de anotar quantas contrações eu tinha a cada 10 minutos e ligar pra ela de volta dentro de 40 minutos.
Passado esse tempo ele retornou a ligação: 3 contrações a cada 10 minutos. Ela disse que estava a caminho.

Logo que ela chegou, veio conversar comigo sobre as características da dor, como tinha começado, o que mais tinha acontecido e resolveu avaliar minha dilatação. Estava ainda em 1cm com o colo espesso. Ouviu também o coraçãozinho da Cecilia, que estava muito bem. Ela disse que ainda tínhamos chão pela frente, apesar da frequência das contrações, e sugeriu que eu fosse para a banheira morna relaxar. Fizemos isso e foi muito bom. Meu marido entrou na água comigo pra me acomodar melhor, pois ficar controlando o corpo solto na água me dava mais contrações.
Na água as contrações pareciam mais curtas e, num primeiro momento, isso ajudou muito. Depois de um tempo na banheira, nossa EO teve que dar uma saída e disse que voltava em breve, mas que ligássemos se algo acontecesse.

Bom, cansei de ficar na banheira e resolvi ir pro quarto. Estava cansada, precisava deitar.

Durante a gestação pesquisei muito sobre o parto ativo, as diferentes posições durante o TP e suas vantagens e tal, fiz ioga com a professora Fadynha, assisti a suas aulas sobre gestação, parto e amamentação. Mas essa dor no sacro me pegou totalmente de surpresa e limitou muito minhas possibilidades. Era praticamente impossível ficar verticalizada com essa dor. Só conseguia ficar deitada de lado com duas almofadas grandes entre as pernas, pra dar maior conforto ao quadril. Também fiquei grudada na almofadinha térmica, bem quente, na lombar.

As contrações estavam ficando mais intensas e, já fazia um tempo, sentia necessidade de vocalizar durante a dor (pra não dizer gritar…). Não era nem necessidade, meu corpo gritava e eu nem tinha como questionar ou reprimir.
Resolvi então ir ao banheiro, pois não urinava fazia um tempo, e vi que o tampão estava saindo pra valer. Não me abalei. Informei ao meu marido e voltei pra cama. Nesse momento, algo em torno das 19hs, a E.O. voltou pra me avaliar: 4cm, colo apagando! Também não racionalizei quanto a isso. Meio que entrou por um ouvido e saiu pelo outro. O coraçãozinho da Cecilia continuava 100% e era só isso que importava pra mim. Minha obstetra mandou o recado de que, a partir de agora, preferia que eu usasse o chuveiro apenas, em vez da banheira, caso eu quisesse, mas eu estava meio cansada de ficar molhada e preferi ir pro quarto. Voltei pro meu mundo interno e mergulhei de novo no TP.

A parti daí eu já quase não me comunicava mais. Pensava em algumas coisas que queria dizer quando a contração passasse, mas só conseguia gemer e acabava não falando nada. Conversava só comigo mesma.

As dores tão particulares das contrações quase que permaneciam iguais, mesmo quando a contração passava. Isso estava me cansando muito já. Desde a hora que eu acordei essas dores me tomaram e me carregaram com vontade pro trabalho de parto ativo. Começava a pensar que talvez eu pedisse alguma analgesia quando chegasse na clínica. Pensei em comunicar isso ao meu marido, e até achei que o tinha feito, mas depois ele disse que eu não falei nada a respeito. É, ficou só na minha cabeça mesmo.

Nesse ponto nossa E.O. tentou avaliar a dilatação novamente, mas eu praticamente não deixei por conta da dor e ela disse ter sentido apenas uma bolsa querendo sair.

Foi então que, no meio de uma contração mega ultra power, já com alguma sensação dos puxos, a bolsa estourou e foi aquele espetáculo. Um aguaceiro só em cima da minha cama (bendito protetor de colchão!), com algum sangue e um pouco verdinho. Meu marido, que estava firme e forte o tempo todo, ficou meio impressionado com o acontecimento.

Nessa hora minha obstetra nos disse para irmos para a clínica. Sei que não foi pela ruptura da bolsa, mas pelo ponto em que eu estava mesmo: franco trabalho de parto ativo, já querendo chegar naquela temida zona de transição.

Sobre os puxos, vale comentar um pouco. Comecei a senti-los bem antes do que imaginava. Eu sabia que não era hora de fazer força ainda, sabia que, se fizesse, podia não ser legal pro colo. Conseguia controlar a força respirando rápido e superficialmente, como a respiração de cachorrinho que aprendi na ioga. Se eu respirasse profundamente, acabava fazendo alguma força sem querer. E fui segurando isso no cabresto.

Tá, tinha que ir pra clínica, mas e pra sair de casa naquele estado? Era o que mais me preocupava na verdade. Não tive medo do parto nem do trabalho de parto em momento algum, mas de ir pra clínica eu tinha medo. Cheguei a cogitar (dentro da minha cabeça, porque não conseguia falar nada mesmo) parir em casa. “Ah, quer saber? Tô aqui mesmo, tudo andando bem, por que não?” Mas encarei a ida pra clínica quietinha. Quer dizer, berrando escandalosamente a cada contração e me pendurando no marido ou na E.O. se, por um acaso, estivesse de pé quando elas chegavam.
Me surpreendi muito com o efeito que a ida pra clínica teve sobre o andamento do TP. Tudo bem que foi bem rápido, pois moro praticamente do lado, coisa de 5 minutos de carro mais os tempinhos de pegar elevador, sair do prédio e tal. As contrações, nesse meio tempo, se espaçaram e eu voltei a conseguir me comunicar com as pessoas e a interagir um pouco. Isso foi bom, pois eu não impressionei tanto assim minha mãe e minha irmã que me esperavam na entrada da clínica, nem meu pai, que me buscou em casa.

A médica assistente também estava me esperando na clínica, já com tudo no esquema pra eu entrar e subir direto pra sala de pré-parto. E foi o que aconteceu. Estava lá rapidinho, já de camisola, deitada na cama berrando (ô, que maravilha). Tudo certo. Voltei rápido pro TP, o que foi ótimo.

Nesse momento, consegui expressar pra médica assistente que talvez eu quisesse alguma analgesia e perguntei que implicações isso poderia ter. Ela me disse apenas que poderia prolongar um pouco o expulsivo, que eu já estava com 8cm, faltava super pouco, mas que, se eu quisesse mesmo, eles providenciariam.

Logo pensei naquela agulha feia entrando na minha medula e não toquei mais no assunto. Perguntei pra ela também sobre o fato do líquido amniótico estar um pouco verdinho e ela me disse: “tinto não tem problema”. Isso me tranquilizou. Significa que estava só com alguma alteração na cor, e não na consistência.

Minha obstetra chegou e veio logo falar comigo, bem de pertinho, olhando nos meus olhos, com um semblante super tranquilo e positivo. Isso foi ótimo. Só me deu força.

Elas então providenciaram a banqueta pra mim e sugeriram que eu sentasse, pois era bem provável que isso aliviasse as dores na lombar. Eu resisti um pouco porque as dores estavam paralisantes, mas meu marido me incentivou, falando que eu já tinha chegado até ali, que eram só três passinhos até a banqueta e me convenceu. Comentei com a minha obstetra sobre os puxos fortes que estava sentindo e ela: “Mas é claro! Você precisa deles pra ter sua bebê!” respondeu ela, sorridente. Então é isso aí. Foquei no expulsivo e fui.

Quando elas acharam que dava, fomos correndo pro centro cirúrgico, pois a sala de parto humanizado estava sendo utilizada. No meio do caminho tive uma contração e pedi pra sentar na banqueta pra passar por ela. Gritei horrores na frente da enfermagem toda (“tsc, tsc, tsc, essas índia do parto normal…”) e segui pro centro cirúrgico.

Um absurdo eu, sem nem um acesso venoso, nem um pingo de droga alguma no sangue (a não ser as produzidas por mim) ter que parir no centro cirúrgico, mas enfim, regras bobas do hospital, que não foram impedimento para a minha equipe maravilhosa transformar a sala de parto cirúrgico em um ambiente super aconchegante e tranquilo. Luz baixa, todas sentadinhas no chão (minha obstetra, a E.O. e a médica assistente), eu na banqueta e meu marido atrás de mim num banquinho.

Os puxos foram ficando intensos e fui orientada a aproveitá-los e fazer força junto. Eu tinha receio de lacerações, não queria mandar a força toda que poderia fazer, mas foi necessário. E, sinceramente, incontrolável! Ainda assim precisei de mais incentivo. Minha médica chegou perto, olhou pra mim e disse “ Chega uma hora em que você precisa decidir expulsar sua bebê. A hora é essa”. Eu captei a mensagem e fiz o melhor que pude. Junto com a força, os gritos estavam incontroláveis também. Nossa, nunca gritei tanto na minha vida! Simplesmente não havia essa opção de não gritar. Acontecia e pronto. E fui fazendo força junto com as dores na lombar e apertando meu marido, tadinho, que estava atrás de mim me dando suporte (em todos os sentidos). Até que a E.O. se aproximou e tirou minha camisola dizendo “vamos tirar essa camisola pra você receber sua bebê”. Aí eu vi que devia estar perto mesmo.

O tão falado círculo de fogo eu não conheci, graças a deus. E graças ao Epi-no. Prócurem saber ;)

A dor que eu sentia no expulsivo era toda na lombar, então não conseguia ter noção se estava coroando, se tinha saído a cabeça ou se ainda faltava. Não sentia nada. Apenas fui observando minha obstetra calmamente pegando as luvas, passando álcool nas mãos e braços, bem devagarzinho pra não me desconcentrar. Até que ela chegou perto e colocou a mão provavelmente pra dar aquela protegida. Meu marido começou a me incentivar na força, dizendo que ela estava vindo e, de repente, Cecilia estava no meu colo! Muito linda, chorou um pouco, depois ficou quietinha. Nossa florzinha nasceu com 48cm e 3,320kg às 1:05 do dia 12/10/2013.
O pediatra, que estava na sala já fazia um tempinho, veio vê-la, mas sem interferir em nada no nosso momento. Ouviu o coração, que estava ótimo como esteve durante todo o TP, e avaliou o básico. Ela estava muito bem. Estávamos todos muito bem! Eu fiquei eufórica! Nossa, que orgulho! Trouxe minha filha ao mundo do jeitinho que eu queria e da forma mais respeitosa e carinhosa pra ela.

Ela mamou na primeira hora, o cordão parou de pulsar, foi clampeado e cortado pelo pai e a placenta saiu tranquilamente também.

Tive uma pequena laceração de mucosa que me rendeu dois pontinhos e que achei bem chatinha de lidar no pós-parto (fico imaginando quem faz aquelas episios mega de 17 pontos…meu deus…). Meu marido me contou depois que, segundo nossa obstetra, foi a passagem do ombrinho que fez a laceração.

Eu atribuo ter conseguido esse parto lindo algumas coisas: Em primeiro ao fato de ter me entregado 100% ao processo. Eu achava que os estudos todos sobre gestação e parto pudessem me fazer teorizar demais e me travar os instintos na hora do parto, mas foi o extremo oposto que aconteceu. Não me abalei nem me impressionei com nada, apenas deixei a coisa acontecer sem impor resistência alguma, sem pânico e sem ansiedade. Confiei totalmente na capacidade do meu corpo fazer aquilo. Em segundo lugar, e não menos importante, à equipe fantástica que nos acompanhou. Cada um foi de fundamental importância e me senti totalmente segura com eles. Sempre soube que, o que quer que precisasse ser feito, seria feito e não passaríamos por nenhum sofrimento ou intervenção desnecessários. E, acima de tudo, que meus direitos como mãe, os do meu marido como pai e os da Cecilia como ser humano chegando ao mundo, seriam totalmente respeitados e tratados com todo carinho. Foi exatamente assim que aconteceu.
Também atribuo nosso lindo parto a todo o estudo sobre o assunto e ao preparo físico, emocional e mental que a Ioga da professora Fadynha me proporcionou. Recomendo!!

Parir não foi fácil, mas acho que não é pra ser mesmo. Se fosse fácil não seria tão transformador e impactante como é.

Às gestantes que lerem este relato: dá pra parir sem anestesia! Não tenham medo! Ele é o maior inimigo! Confiem na natureza, no seu corpo e corram atrás de uma equipe bacana.

Sobre a dor, não vou mentir, foi intensa, mas valeu cada grãozinho.


Querido intestino

Ele cuida de um dos aspectos mais nojentos do ser humano e por isso é motivo de repulsa pra muita gente, o que é um graaande equívoco. É um dos órgãos mais nobres do nosso corpo e nós tripudiamos em cima dele todo dia. Imagina só a trabalheira que ele não tem tentando separar “joio de trigo” em meio a essa porcariada que mandamos pra dentro a cada refeição?

Bom, dados os devidos créditos, vamos ao que interessa: cuidar do nosso amado intestino.
E como toda boa prática precisa de um pouco de teoria, sigo com algumas explicações básicas sobre este lindo e maravilhoso órgão.

O intestino na verdade são dois: o delgado e o grosso. O delgado é onde acontece boa parte da nossa digestão (não é só o estômago que faz isso!), especialmente das gorduras e carboidratos. É nele que o pâncreas e o fígado lançam, respectivamente, o suco pancreático e a bile. Seguindo o curso, no intestino grosso acontece a absorção de tudo o que foi processado no intestino delgado, além de água.
– Sabe aquelas briguinhas de jardim de infância, onde um aluninho empurra o outro, que empurra o um, e o troço fica nessa até alguém mandar parar? Pois o intestino é bem infantil nesse ponto. Sabiamente infantil. O bolo alimentar faz pressão contra suas paredes, e, estas, devolvem na mesma moeda, gerando os movimentos peristálticos. Portanto, conclui-se facilmente que, se o bolo alimentar for meio mirradinho, o intestino não vai ter muito o que empurrar de volta. Lembrem-se deste dado!
– Depois que tudo o que presta foi absorvido, o que não presta ou simplesmente que não pode ser digerido por nós (por falta de enzimas) é excretado daquela maneira que todo muito conhece muito bem. Até a Cinderela e a Branca de Neve. (tá, a bailarina talvez não conheça muito essa parte…).
– Como se trata de um órgão extremamente inteligente e cheio de amor próprio, ele tenta se livrar de tudo que o irrita rapidamente. Se comemos algo potencialmente perigoso para o nosso organismo,  é esperado que o intestino promova uma bela descarga, nos poupando de coisa pior. O que acontece é que algumas coisas boas, como vitaminas, minerais e água, acabam sendo eliminadas junto com o “agressor”. Fazer o quê, né?
– Acontece que nem o intestino, do alto de toda sua sabedoria, é capaz de nos proteger dos venenos dessa alimentação horrorosa que nos é oferecida pela indústria do consumo. E isso se dá justamente porque ele é dos primeiros a ser afetado.

Como fazer o seu intestino feliz
1) Fibras
Em primeiríssimo lugar estão as fibras. Tanto as solúveis, que absorvem água formando um gel, quando as inssolúveis, que agem como vassourinha, são tudo o que nosso intestino quer. Elas dão corpo ao bolo alimentar,  o que funciona como uma verdadeira malhação pro intestino. Como eu expliquei acima, esse volume do bolo alimentar é fundamental pra estimular os movimentos peristálticos. Além disso, as fibras ajudam a gente a excretar gorduras e carboidratos em excesso. São muito indicadas pra quem tem colesterol alto no sangue***. Como se não bastasse, as fibras são fermentadas pelas bactérias intestinais gerando substâncias antioxidantes muito boas, que protegem o órgão (e o corpo todo) dos radicais livres e, consequentemente, de câncer. Falando em bactérias, as fibras tornam o intestino um ambiente mais aconchegante pras bactérias boas e desagradável pra bactérias ruins e parasitas.
A recomendação é que se coma cerca de 25g da fibras por dia, o que é muito difícil pra quem come poucos vegetais. E não adianta muito o pãozinho industrializado integral nem as barrinhas de cereal. Cada um tem cerca de 2g de fibra por fatia/unidade.
As boas fontes de fibra são mesmo os feijões, aveia em flocos, farelo de trigo, cereais à base de farelo de trigo (All bran, Fibra Mais). As frutas também ajudam, especialmente laranja/tangerina com bagaço, e  pêra/maçã com casca.
2) Água
Não adianta comer fibra se não beber água adequadamente. Elas agem em conjunto. Fora que, gente, água, né? Tem que beber.
3)Bactérias legais
Hoje em dia, por causa dos maus hábitos e da química toda a que somos expostos, podemos ir perdendo nossas boas bactérias. Especialmente porque temos contato com mais antibióticos do que gostaríamos, seja por causa daquela amigdalite, ou do frango de granja do almoço.
Para cultivá-las adequadamente, os dois passos acima são essenciais. Iogurte natural (Activia não vale! Nem Yacult!) é excelente porque re-coloniza o intestino com as bactérias adequadas. Mas tem que ser dos naturebinhas mesmo, sem açúcar nem corante. Uma dica é olhar a lista de ingredientes: quanto menor, melhor (aliás, isso vale pra quase tudo).
4)Atividade física
Quem nunca sentiu vontade de ir ao banheiro ao chegar daquela caminhada no pique? Acho que tá explicado, né?
5)Intolerâncias alimentares
Elas são bem mais comuns do que a gente imagina e bem menos detectadas do que gostaríamos. Fato é que muita gente tem intolerância à lactose, glúten e afins sem saber. Isso maltrata muito o intestino e causa um mau humor sem tamanho. As vítimas costumam reclamar de gases, barriga inchada, cólicas intestinais, peso no estômago por qualquer motivo, enjôo, oscilação entre intestino preso e intestino solto e por aí vai. Se você sente isso, já fez tudo o que é exame e os resultados foram normais, é bem capaz que você tenha alguma intolerância alimentar. Prócure saber!
Retirar o agente irritante certamente resolverá todos os seus problemas. Seguir os passos acima também pode ajudar muito, mas atenção: se suspeitar do glúten, farelo de trigo é contra-indicado e, se suspeitar da lactose, talvez o iogurte também não caia muito bem, apesar de conter pouca lactose.
6) Higiene
É claro que um intestino saudável é mais resistente a parasitas e bactérias, mas não convém abusar, né? Lavar as mãos antes de comer e preparar os alimentos é básico. Em casa dá pra gente controlar isso muito bem, assim como a higiene dos alimentos em si (botar as folhas de molho por 15 min. em solução de cloro dessas vendidas em hortifruti, por exemplo), mas na rua é bem mais complicado. Nada de comer salada crua em buffet a quilo, por favor. Você não tem garantias de que a salada não foi fatiada na tábua da carne crua e coisas desse tipo. As folhas então, nem se fala. Também não vou nem citar comida japonesa crua nesses restaurantes genéricos. Fora de cogitação, hein!

Bom, é por aí. Esse assunto é vasto demais pra ser resumido em um post, mas acredito que os pontos mais importante foram abordados.
Qualquer dúvida, estamos aí!

PS: Gente, isso aqui não substitui médico, hein! Não custa lembrar! Seu intestino está reclamando mais do que o normal? Dá um alô no seu clínico, ok?

***Sobre colesterol e fibras: Ao contrário do que muita gente imagina, a maior parte do colesterol do nosso sangue é produzida pelo nosso fígado. Apenas cerca de 30% vem da alimentação. Não! Não estou dizendo que a linguicinha está liberada, mas que não basta eliminá-la da alimentação (junto com a manteiga, pele de frango e afins) pra resolver o problema. Uma boa parte do colesterol do nosso sangue é usada pra fabricar a bile, substância produzida pelo fígado e excretada dentro do intestino delgado, que age como um sabão, ajudando na digestão das gorduras. Essa bile é re-absorvida pelo intestino e volta pro fígado pra ser “reciclada”. As fibras solúveis (aveia é ótima nisso!), no intestino, têm o poder de segurar essa bile e mandá-la pra fora do nosso corpo junto com as fezes, impedindo sua reciclagem. Acaba que o fígado é obrigado a retirar colesterol do sangue pra fabricar mais bile. Isso ajuda muito a reduzir a taxa de colesterol. Fica a dica!


Coquetel anti-ressaca

…em homenagem ao carnaval de rua do Rio, que já começou (socorro!)…

Em primeiro lugar, preciso dar uma explicadinha sobre o que é, de fato, uma ressaca.
O álcool é hipoglicemiante e desidrata, isso sem falar no efeito tóxico no fígado em si. Dito isso, fica fácil concluir que a ressaca nada mais é que uma baita hipoglicemia com pressão baixa e desidratação. Isso derruba qualquer um! Fica fácil de concluir também que, pra resolver esses problemas, precisamos repor glicose, água e sais (ou pelo menos sódio). Taí a base do coquetel anti-ressaca.

Vamos lá:
– 300ml de suco de fruta (de laranja é legal) beeeem gelado
– 200ml de água beeeeem gelada
– 2 col. de sobremesa rasas de açúcar
– 1 pitadinha de sal

Chegou em casa da folia, manda um desses pra dentro, devagarzinho, aos golinhos, e vai descansar.

Outras diquinhas que podem ser úteis:
– Antes de se jogar na bagunça, faça uma refeiçãozinha leve. Pode ser um sanduíche de queijo minas, uma salada bem fresquinha, ou mesmo um prato de comida, mas com pouca gordura. A gordura faz a digestão ficar lenta e, se a pessoa mandar ver na bebida com o estômago pesado, pode bater meio mal, ainda mais nesse calor horroroso;
– Durante os dias intensos de carnaval, tenha sempre à mão muita água e gatorade. É bom comprar um estoquezinho e levar pelo menos uma garrafinha com você.
– Cerveja não mata a sede. Quer beber, bebe, mas sede só se mata com água (sucos diluídos, mate e afins). E a sede já é um sinal de desidratação, se mandar álcool por cima, o estrago pode ser grande.

Bom, é isso aí.
Autodestruição com responsabilidade!


Do lar

Tá, eu assumo: gosto de cuidar da minha casa. Não a ponto de fazer disso um hobby, mas gosto. Claro que tem funções que eu detesto, como lavar louça (o maridinho cuida dessa parte), mas o fato é que gosto de ter sob o meu controle a higiene e organização do ambiente em que eu vivo. Além disso, nossos amplos 50 e poucos metros quadrados tornam a presença de uma terceira pessoa faxinando a casa algo um tanto confuso, que reservamos para quando a situação está crítica. Como temos o dia a dia corrido como a maioria, as coisas têm que ser práticas por aqui.
Segue, então, uma listinha de produtos e dicas que fui juntando ao longo desses 4 aninhos de vida de gente grande (do alto de meus 1,55m):

– Uma dica que acho até meio básica, mas que nem todo mundo faz, é ter duas esponjas diferentes na pia. Deixo uma azul para os copos e xícaras e outra amarela para o restante da louça. Isso impede, por exemplo, a desagradável surpresa de pegar um copo pra beber água e sentir cheiro de alho.
– Passar uma aguinha rápida na louça que você acabou de usar, mas não tem tempo de lavar imediatamente, diminui a mão de obra depois.
– Conselho meu: tirou um pote ou panela da geladeira com comida velha pra liberar a área, jogue fora a comida imediatamente e lave o pote. Se deixar pro dia seguinte aquela ex-comida pode virar algo muito assustador.
–  Deixo sempre no banheiro uma escovinha para limpar o chuveiro, outra pra limpar a pia (exclusivas para estes usos) e um detergente específico. Tenho usado até um do bem pra essa função, o Bio Wash Limpa Banheiro. Bom, do bem e cheirosinho.
Ah! As escovinhas eu deixo penduradas naqueles ganchinhos auto-colantes. Aliás, uso esses ganchinhos pra várias coisas por aqui. São ótimos.
– Toalha de papel e álcool são amigos.
– Pra limpar o chão da casa de forma fácil e rápida uso um negócio chamado Hiperclean, que torna completamente dispensável o balde com água e pano de chão. Nele prende-se o perfex ou daquelas toalhas de papel mais resistentes e aí é só borrifar uma solução detergente no chão e esfregar. Mole mole.
Aqui em casa temos animais (pássaros), então não dá pra sair usando produtos de limpeza, pois eles são sensíveis a cheiros fortes. Aliás, eu também sou. Detesto cheiro de detergente, por isso sempre escolho os do bem ou com cheiro fraco. O detergente que usamos para a limpeza geral da casa aqui é um de uso veterinário que diluo em 1L de água e deixo em um borrifador sempre à mão.
– Descobri recentemente como deixar o sofá de couro branco com cara de novo: é só usar essa esponginha aqui! Umedeço ela numa solução de água com sabão líquido, daqueles de banho mesmo, e vou esfregando o sofá com a parte branca da esponja. Fica perfeito!
– A moça da tinturaria me ensinou que não se deve lavar roupa colorida com sabão em pó, o ideal é usar sabão de coco líquido. Obedeci, né?
– Guardar os alimentos em potes vidro (tipo marinex com tampa) é melhor do que guardar e potes de plástico, pois estes arranham e podem reter resíduos e bactérias nos arranhões. Fora que os de vidro são bem mais bonitinhos.

Bom, acho que é isso…
Quem quiser colaborar com mais algumas diquinhas do lar, comenta aí!