Querido intestino

Ele cuida de um dos aspectos mais nojentos do ser humano e por isso é motivo de repulsa pra muita gente, o que é um graaande equívoco. É um dos órgãos mais nobres do nosso corpo e nós tripudiamos em cima dele todo dia. Imagina só a trabalheira que ele não tem tentando separar “joio de trigo” em meio a essa porcariada que mandamos pra dentro a cada refeição?

Bom, dados os devidos créditos, vamos ao que interessa: cuidar do nosso amado intestino.
E como toda boa prática precisa de um pouco de teoria, sigo com algumas explicações básicas sobre este lindo e maravilhoso órgão.

O intestino na verdade são dois: o delgado e o grosso. O delgado é onde acontece boa parte da nossa digestão (não é só o estômago que faz isso!), especialmente das gorduras e carboidratos. É nele que o pâncreas e o fígado lançam, respectivamente, o suco pancreático e a bile. Seguindo o curso, no intestino grosso acontece a absorção de tudo o que foi processado no intestino delgado, além de água.
– Sabe aquelas briguinhas de jardim de infância, onde um aluninho empurra o outro, que empurra o um, e o troço fica nessa até alguém mandar parar? Pois o intestino é bem infantil nesse ponto. Sabiamente infantil. O bolo alimentar faz pressão contra suas paredes, e, estas, devolvem na mesma moeda, gerando os movimentos peristálticos. Portanto, conclui-se facilmente que, se o bolo alimentar for meio mirradinho, o intestino não vai ter muito o que empurrar de volta. Lembrem-se deste dado!
– Depois que tudo o que presta foi absorvido, o que não presta ou simplesmente que não pode ser digerido por nós (por falta de enzimas) é excretado daquela maneira que todo muito conhece muito bem. Até a Cinderela e a Branca de Neve. (tá, a bailarina talvez não conheça muito essa parte…).
– Como se trata de um órgão extremamente inteligente e cheio de amor próprio, ele tenta se livrar de tudo que o irrita rapidamente. Se comemos algo potencialmente perigoso para o nosso organismo,  é esperado que o intestino promova uma bela descarga, nos poupando de coisa pior. O que acontece é que algumas coisas boas, como vitaminas, minerais e água, acabam sendo eliminadas junto com o “agressor”. Fazer o quê, né?
– Acontece que nem o intestino, do alto de toda sua sabedoria, é capaz de nos proteger dos venenos dessa alimentação horrorosa que nos é oferecida pela indústria do consumo. E isso se dá justamente porque ele é dos primeiros a ser afetado.

Como fazer o seu intestino feliz
1) Fibras
Em primeiríssimo lugar estão as fibras. Tanto as solúveis, que absorvem água formando um gel, quando as inssolúveis, que agem como vassourinha, são tudo o que nosso intestino quer. Elas dão corpo ao bolo alimentar,  o que funciona como uma verdadeira malhação pro intestino. Como eu expliquei acima, esse volume do bolo alimentar é fundamental pra estimular os movimentos peristálticos. Além disso, as fibras ajudam a gente a excretar gorduras e carboidratos em excesso. São muito indicadas pra quem tem colesterol alto no sangue***. Como se não bastasse, as fibras são fermentadas pelas bactérias intestinais gerando substâncias antioxidantes muito boas, que protegem o órgão (e o corpo todo) dos radicais livres e, consequentemente, de câncer. Falando em bactérias, as fibras tornam o intestino um ambiente mais aconchegante pras bactérias boas e desagradável pra bactérias ruins e parasitas.
A recomendação é que se coma cerca de 25g da fibras por dia, o que é muito difícil pra quem come poucos vegetais. E não adianta muito o pãozinho industrializado integral nem as barrinhas de cereal. Cada um tem cerca de 2g de fibra por fatia/unidade.
As boas fontes de fibra são mesmo os feijões, aveia em flocos, farelo de trigo, cereais à base de farelo de trigo (All bran, Fibra Mais). As frutas também ajudam, especialmente laranja/tangerina com bagaço, e  pêra/maçã com casca.
2) Água
Não adianta comer fibra se não beber água adequadamente. Elas agem em conjunto. Fora que, gente, água, né? Tem que beber.
3)Bactérias legais
Hoje em dia, por causa dos maus hábitos e da química toda a que somos expostos, podemos ir perdendo nossas boas bactérias. Especialmente porque temos contato com mais antibióticos do que gostaríamos, seja por causa daquela amigdalite, ou do frango de granja do almoço.
Para cultivá-las adequadamente, os dois passos acima são essenciais. Iogurte natural (Activia não vale! Nem Yacult!) é excelente porque re-coloniza o intestino com as bactérias adequadas. Mas tem que ser dos naturebinhas mesmo, sem açúcar nem corante. Uma dica é olhar a lista de ingredientes: quanto menor, melhor (aliás, isso vale pra quase tudo).
4)Atividade física
Quem nunca sentiu vontade de ir ao banheiro ao chegar daquela caminhada no pique? Acho que tá explicado, né?
5)Intolerâncias alimentares
Elas são bem mais comuns do que a gente imagina e bem menos detectadas do que gostaríamos. Fato é que muita gente tem intolerância à lactose, glúten e afins sem saber. Isso maltrata muito o intestino e causa um mau humor sem tamanho. As vítimas costumam reclamar de gases, barriga inchada, cólicas intestinais, peso no estômago por qualquer motivo, enjôo, oscilação entre intestino preso e intestino solto e por aí vai. Se você sente isso, já fez tudo o que é exame e os resultados foram normais, é bem capaz que você tenha alguma intolerância alimentar. Prócure saber!
Retirar o agente irritante certamente resolverá todos os seus problemas. Seguir os passos acima também pode ajudar muito, mas atenção: se suspeitar do glúten, farelo de trigo é contra-indicado e, se suspeitar da lactose, talvez o iogurte também não caia muito bem, apesar de conter pouca lactose.
6) Higiene
É claro que um intestino saudável é mais resistente a parasitas e bactérias, mas não convém abusar, né? Lavar as mãos antes de comer e preparar os alimentos é básico. Em casa dá pra gente controlar isso muito bem, assim como a higiene dos alimentos em si (botar as folhas de molho por 15 min. em solução de cloro dessas vendidas em hortifruti, por exemplo), mas na rua é bem mais complicado. Nada de comer salada crua em buffet a quilo, por favor. Você não tem garantias de que a salada não foi fatiada na tábua da carne crua e coisas desse tipo. As folhas então, nem se fala. Também não vou nem citar comida japonesa crua nesses restaurantes genéricos. Fora de cogitação, hein!

Bom, é por aí. Esse assunto é vasto demais pra ser resumido em um post, mas acredito que os pontos mais importante foram abordados.
Qualquer dúvida, estamos aí!

PS: Gente, isso aqui não substitui médico, hein! Não custa lembrar! Seu intestino está reclamando mais do que o normal? Dá um alô no seu clínico, ok?

***Sobre colesterol e fibras: Ao contrário do que muita gente imagina, a maior parte do colesterol do nosso sangue é produzida pelo nosso fígado. Apenas cerca de 30% vem da alimentação. Não! Não estou dizendo que a linguicinha está liberada, mas que não basta eliminá-la da alimentação (junto com a manteiga, pele de frango e afins) pra resolver o problema. Uma boa parte do colesterol do nosso sangue é usada pra fabricar a bile, substância produzida pelo fígado e excretada dentro do intestino delgado, que age como um sabão, ajudando na digestão das gorduras. Essa bile é re-absorvida pelo intestino e volta pro fígado pra ser “reciclada”. As fibras solúveis (aveia é ótima nisso!), no intestino, têm o poder de segurar essa bile e mandá-la pra fora do nosso corpo junto com as fezes, impedindo sua reciclagem. Acaba que o fígado é obrigado a retirar colesterol do sangue pra fabricar mais bile. Isso ajuda muito a reduzir a taxa de colesterol. Fica a dica!


Coquetel anti-ressaca

…em homenagem ao carnaval de rua do Rio, que já começou (socorro!)…

Em primeiro lugar, preciso dar uma explicadinha sobre o que é, de fato, uma ressaca.
O álcool é hipoglicemiante e desidrata, isso sem falar no efeito tóxico no fígado em si. Dito isso, fica fácil concluir que a ressaca nada mais é que uma baita hipoglicemia com pressão baixa e desidratação. Isso derruba qualquer um! Fica fácil de concluir também que, pra resolver esses problemas, precisamos repor glicose, água e sais (ou pelo menos sódio). Taí a base do coquetel anti-ressaca.

Vamos lá:
– 300ml de suco de fruta (de laranja é legal) beeeem gelado
– 200ml de água beeeeem gelada
– 2 col. de sobremesa rasas de açúcar
– 1 pitadinha de sal

Chegou em casa da folia, manda um desses pra dentro, devagarzinho, aos golinhos, e vai descansar.

Outras diquinhas que podem ser úteis:
– Antes de se jogar na bagunça, faça uma refeiçãozinha leve. Pode ser um sanduíche de queijo minas, uma salada bem fresquinha, ou mesmo um prato de comida, mas com pouca gordura. A gordura faz a digestão ficar lenta e, se a pessoa mandar ver na bebida com o estômago pesado, pode bater meio mal, ainda mais nesse calor horroroso;
– Durante os dias intensos de carnaval, tenha sempre à mão muita água e gatorade. É bom comprar um estoquezinho e levar pelo menos uma garrafinha com você.
– Cerveja não mata a sede. Quer beber, bebe, mas sede só se mata com água (sucos diluídos, mate e afins). E a sede já é um sinal de desidratação, se mandar álcool por cima, o estrago pode ser grande.

Bom, é isso aí.
Autodestruição com responsabilidade!


Dois em um: os perigos dos anti-transpirantes + produtinho do bem

Continuando o papo sobre cosméticos e segurança

Bom, pelo que andei pesquisando, ainda superficialmente, já pude concluir de cara que os piores cosméticos são aqueles que permanecem mais tempo em contato com a pele e que deixam resíduos mesmo após o banho. O primeiro da lista, neste quesito, é o desodorante anti-transpirante.
Tudo bem, moramos em um país tropical, suamos feito condenados durante todo o verão e sei que, nessa época,  o anti-transpirante se torna tão importante quanto água e comida, mas infelizmente ele não é tão amigo assim, especialmente para nós, mulheres.
Provavelmente essa nossa maior susceptibilidade aos danos causados pelo uso contínuo de desodorante se dá por que depilamos/raspamos as axilas. Além de perdermos a proteção natural dos pêlos, ainda danificamos a pele, o que propicia uma maior absorção das substâncias nocivas presentes nesses cosméticos. Além disso, nós temos mamas e elas ficam pertinho das axilas.

Achei um artigo de revisão que explica um bocado de coisa. Vou colocar alguns pontos, em forma de tópicos, pra ficar mais claro, mas antes, uma breve explicação:

Já está mais que comprovada a relação entre o estrogênio (hormônio feminino) com o desenvolvimento de câncer de mama. Isso se dá porque o hormônio estimula a multiplicação das células das glândulas mamárias e isso aumenta as chances de erro em uma dessas divisões celulares. Essa relação foi claramente observada em mulheres que fazem o uso de reposição hormonal após entrarem na menopausa. Além disso, qualquer substância que tenha ação estrogênica, (até mesmo os fitoestrógenos presentes na soja) podem estimular esse tipo de “reação” no nosso corpo. Diversos produtos químicos e drogas podem possuir ação estrogênica e temos que ficar de olho neles.

Voltando aos desodorantes…
– A maior parte dos cânceres (nas amostras pesquisadas) se localizavam no quadrante superior externo das mama, ou seja, o mais próximo das axilas;
– Alguns componentes dos desodorantes e anti-transpirantes possuem atividade estrogênica. Isso não só está associado ao surgimento de câncer de mama, mas ao desenvolvimento sexual precoce de meninas que resolvem usar desodorante muito cedo. E a gente sabe que isso está acontecendo direto por aí;
– Alterações benignas das mamas, como cistos e fibroadenomas, também tendem a aparecer no quadrante superior externo, o que nos induz a imaginar que seu aparecimento também está associado ao uso de anti-transpirantes e desodorantes. Isso faz bastante sentido se lembrarmos que princípio de ação deste cosmético se baseia no bloqueio da transpiração, fazendo com que as substâncias que sairiam com o suor fiquem retidas dentro das glândulas sudoríparas, o que pode favorecer o surgimento destes cistos;

Ok, dito tudo isso, vocês devem estar se perguntando ” E agora?? Tenho que escolher entre feder ou ter câncer de mama??? Calma, calma, pra tudo tem jeito. Os produtinhos do bem estão aí pra dar uma força. E o conhecimento também.
Para lutar contra o mau cheiro precisamos, antes de qualquer coisa, compreender por que ele surge.

Primeiro, uma boa notícia: o mau cheiro não é nosso!! Ele é feito por bactérias que moram na gente. As bactérias “comem” o nosso suor e produzem resíduos que têm o mau cheiro. Então, raciocinem comigo, pra eliminarmos esse mau cheiro, precisamos eliminar as bactérias, ou pelo menos diminuir o tamanho de sua população.

Seguem algumas dicas de como reduzir suas bactérias:
– Depilação ajuda
– Esfoliações semanais também
– Sabonete anti-séptico durante o banho, só nas axilas
– Após o banho, uma boa é passar uma loção adstringente (dessas pra pele oleosa) nas axilas, pois isso reduz a produção de suor e óleo pela pele

Pra completar esse post enoooorme, segue agora a dica de produtinho do bem que estou usando e adorando: O desodorante de sálvia da Weleda!


Já deu pra perceber que estou virando fã da Weleda, né? Fazer o quê?? Eles são bons! E esse desodorante é excelente! Recomendo muito. Comprei o meu no Fontes por R$36,00. Valeu cada centavo.

OBS: só pra constar, vale sempre o bom senso, né gente? Se vai passar o dia fora, pra lá e pra cá, num calor de 40 graus, beleza, usa o anti-transpirante. Mas tenta não usar dias seguidos e faça uma bela esfoliação pra tirar todo o resíduo depois.

 


Santa Cúrcuma!

Conheci a cúrcuma através do livro Anticâncer, de David Servan-Schreiber, aliás, recomendo a leitura.
Conhecida aqui no Brasil como açafrão da terra, é um condimento muito utilizado no oriente, especialmente na medicina Ayurvédica.

Estudos recentes apontaram potentes propriedades anti-cancerígenas, o que chamou a atenção de muitos laboratórios e cientistas. Seu princípio ativo é a curcumina, que possui função antiinflamatória, anticolesterolêmica (reduz o colesterol), antitrombótica (previne a formação de trombos que entopem artérias) e antioxidante. Experimentos in vivo mostraram que a curcumina foi capaz de inibir o crescimento de câncer em ratos expostos a potentes substâncias carcinogênicas.
Já andei pesquisando um bocado sobre isso na Pubmed e realmente chove artigo falando bem da cúrcuma.
Uma boa forma de consumí-la é no feijão, arroz, vegetais e molhos. Uma colherzinha de chá por panela já está ótimo. Podem fazer também um molhinho para salada com azeite extra-virgem, cúrcuma, ervas variadas e sal. Ah! Antes que eu me esqueça: deve-se adicionar uma pitada de pimenta do reino preta junto com a cúrcuma, pois isso potencializa o efeito da curcumina.


Sobre cosméticos e segurança

Fazia tempo que eu queria me aprofundar nesse assunto, mas por falta de tempo (e por certo receio), acabava adiando. Fato é que adoro cosméticos e os uso o tempo todo. Procuro seguir o caminho do meio, usando, na maior parte do tempo, produtinhos do bem, mas uso também produtinhos do mal, como todos nós. É difícil escapar, porque toda a indústria cosmética que conhecemos hoje foi desenvolvida na dependência de substâncias muito perigosas.
Da mesma forma que cuidamos da nossa alimentação, está na hora de começar a cuidar do que usamos na pele, cabelo e unhas. Acontece que mudar nossos “hábitos cosméticos” pode ser mais difícil até que mudar os hábitos alimentares…

Eu ainda pretendo desenvolver bastante esse assunto aqui, pois a pesquisa está apenas começando.
Pra começar, seguem alguns links com muitas informações sobre o assunto. São sites gringos, falando de produtos gringos, mas aos quais temos acesso aqui no Brasil.

http://safecosmetics.org/
http://www.ewg.org/skindeep/ – esse tem uma lista gigantesca, separada por tipo de cosmético (maquiagem, cabelo, pele, unhas, etc), e cada um recebe uma nota de acordo com o grau de toxicidade.
http://www.ewg.org/chemindex/term/484 – listagem da maioria dos produtos químicos encontrados em cosméticos
– Um excelente filme sobre o assunto

É importante re-afirmar que não estou pregando nenhum radicalismo. Acho que pra tudo existe um meio termo e, através da pesquisa e do conhecimento, vamos encontrá-lo.

Em breve eu volto com informações mais precisas sobre produtos utilizados aqui no Brasil.


Azeites

…mantendo a vibe “óleos”…

Sou completamente viciada em azeite e posso dizer que é dos melhores vícios que alguém pode ter.

Além de ser uma maravilha gastronômica, é uma maravilha nutricionalmente falando também. Ele interfere no nosso metabolismo das melhores formas possíveis e não precisam ficar com medo de engordar, não. Um alimento superior como esse não tem “porém” nenhum.

Bom, claro que, viciada declarada que sou, adoro experimentar marcas diferentes e tenho alguns preferidos. Aí vão os três primeiros do ranking:

Herdade do esporão: ma-ra-vi-lho-so. Encorpadíssimo, amarguinho e até um pouco picante. A marca tem alguns tipos diferentes de azeites, um melhor pra comer com peixe, outro mais indicado pra saladas, e por aí vai. Compro os meus no Farinha Pura (Humaitá, Rio) e nunca vi pra vender noutros lugares. Aliás, quem achar por aí, avisa!

– Dona Inês (não achei o site…) – Esse também é delicioso e tem personalidade. É mais fácil de achar (no Zona Sul tem) e ainda tem um precinho camarada. Bom pro dia a dia.

Il Grezzo Costa d’oro – Esse não é filtrado, o que o deixa com aparência turva e maior densidade. Apesar de mais rústico, o sabor é delicado. No site diz que esse tipo de azeite (não filtrado)  é o mais saudável por conter mais antioxidantes. Faz sentido. Também é fácil de achar nos supermercados por aí.

Algumas observações: O azeite extra-virgem é aquele prensado a frio, o que preserva seus antioxidantes e a integridade de seus ácidos graxos. Ele pode (e deve!) ser consumido diariamente, em quantas refeições você quiser. Há artigos e mais artigos científicos sobre suas propriedades protetoras contra doenças do coração, alterações das gorduras do sangue, câncer e várias outras condições.
Uma coisa que pouca gente sabe, porém, é que não se deve aquecer o azeite extra-virgem, pois, dessa forma, ele perde todas as suas propriedades e praticamente vira um óleo comum. Portanto, deve ser usado no prato, a frio, jamais na panela ou na frigideira.

 


Produtinhos do bem – óleos

O mundo está tão cheio de corantes, aromatizantes e etc que ultimamente tenho sentido necessidade de dar uma limpada nessa coisa toda. Nessa série “produtinhos do bem”, vou falar sobre alguns que fui descobrindo pelo caminho. Pra começar o assunto, dois óleos espetaculares.

– Óleo Dersani – trata-se de um maravilhoso composto de ácidos graxos essencias, sem parabenos, corantes, aromatizantes, umectantes e afins. É mais conhecido em hospitais, pois é muito usado no tratamento de úlceras de decúbito (escaras), mas na verdade é um bálsamo para a pele sensível. Pode passar em assaduras de neném (e de gente grande também), em queimaduras de sol, após a depilação, em pele ressecada (pés, joelhos, cotovelos, cutículas), por aí vai. Uma maravilha!

– Óleo de Lavanda Weleda (Lavender relaxing body oil) –  esse foi uma grande descoberta.  Pode ser usado para massagem e/ou no lugar do creme hidratante, após o banho. É um óleo denso, meio difícil de espalhar, mas deixa uma sensação boa na pele ressecada, de lubrificação e proteção. Fora o cheiro fresquinho e delicado de lavanda. Mais um produtinho natureba, sem aditivos do mal. Tenho usado direto esse. Adoro!

Dersani e Weleda lavender relaxing body oil

Quem quiser saber mais….

Dersani – http://saniplan.com.br/produtos/dersani/

Óleo Weleda – http://www.weleda.com.br/produtos/cosmeticos/cosmeticos_3.asp?id=61&descricao=%C3%93leo%20de%20Lavanda


Salada de lentilha com rúcula

Um dos meus alimentos preferidos é a lentilha. Uma leguminosa maravilhosa rica em fibras e muito versátil. Dá pra fazer feito feijão, feito sopa, feito salada…E, como estamos no verão, segue uma receitinha de salada de lentilha com rúcula que eu faço um bocado aqui em casa. Fácil, prática e deliciosa!

Ingredientes:

– 500g de lentilha seca
– 1 ou 2 dentes de alho amassado
– cerca de 1 colher de sobremesa de óleo
– folhinhas de louro
– rúcula
– azeite extra-virgem a gosto
– sal e ervinhas a gosto

Modo de preparo:

Refogar com alho e óleo (pouco) a lentilha seca (gosto da Yoki), acrescentar água até cobri-la, sal à gosto (pouco, né? Melhor faltar do que sobrar…), louro e acompanhar o seu cozimento até ficar macia, mas não mole desmanchando. É bom ir adicionando a água aos poucos e deixando secar para que não sobre na panela.
Como sou currymaníaca, tempero com um pouco de curry e ervinhas de provence, mas cada um pode temperar como quiser. Fica melhor quando temperamos ainda na panela, com ela fervendo.
Quando estiver pronta, deixe esfriar,  tempere com azeite extra-virgem e adicione as folhas de rúcula desfiadas. Com pedacinhos de muzzarela de búfala também fica bom.

Algumas explicações sobre as leguminosas
Ao contrário do que muita gente pensa, feijões não “engordam” nem são indigestos. São alimentos ricos em fibras e proteína, que saciam e fazem muito bem ao intestino. São amigos de quem está precisando emagrecer e de diabéticos por possuírem baixo índice glicêmico. Isso significa que sua digestão lenta e tranquila vai liberando a glicose aos poucos no nosso sangue, impedindo nossa glicemia (taxa de açúcar no sangue) de oscilar. O resultado disso é que nos mantemos saciados por um bom tempo depois da refeição e não temos quedas bruscas de glicose no sangue, o que poderia nos fazer devorar guloseimas ferozmente quando a fome chegasse.

Então, podem abusar da saladinha de lentilha!


Diabetes – esclarecendo alguns pontos

Esse é um assunto que eu já estudei um bocado na vida, por vários motivos. Acho que a mídia faz uma bela confusão ao abordá-lo e deu vontade de explicar algumas coisinhas…

Bom, pra começar, o nome “Diabetes” vem do grego e significa sifão,  algo por onde a água pode passar livremente. Isso quer dizer que o nome se refere ao principal sintoma da diabetes não tratada: a poliúria (fazer muito xixi). Simples assim.

Mas diabetes tem sobrenome latino, podendo se chamar diabetes mellitus ou diabetes insípidus, sem se esquecer de seu sintoma comum, a poliúria.

“Mellitus”, como já dá pra deduzir, vem de mel, de doce. Os antigos médicos-pesquisadores atribuíram esse “sobrenome” aos diabéticos de urina doce, os mais comuns.

Já “insípidus”, como também dá pra deduzir, vem de insípido, sem sabor, como a água pura. Davam o diagnóstico de Diabetes insípidus aos pacientes que apresentavam a urina assim, sem gosto de nada e cristalina como água, além de abundante, como já falei alí em cima. Essa condição é beeeeem rara. Trata-se de um probleminha na glândula Hipófise (que fica bem no meio da nossa cabeça), onde secretamos um hormônio que regula o quanto de xixi nós fazemos. Quando dá problema na parte da glândula responsável pela secreção desse hormônio, a pessoa vira uma torneirinha aberta.

A diabetes geralmente abordada pela mídia é a que mais traz problemas de saúde pública hoje em dia: diabetes mellitus.

A urina dessas pessoas fica doce porque há muuuuuita glicose no sangue e os rins acabam deixando escapulir uma parte. O sangue fica cheio de glicose porque um outro hormônio, a insulina, está ou faltando, ou trabalhando meio mal. A insulina tem uma função muuuuito importante pra nós: ela bota a glicose que comemos dentro das nossas células, o que permite que a gente tenha energia pra viver.

Aí é que vem a maior das confusões. A Diabetes mellitus, por sua vez,  pode ser classificada de duas formas: tipo 1 e tipo 2.

Na tipo 1, a pessoa, por motivos genéticos, produz anticorpos um tanto equivocados que atacam o pâncreas, bem no lugar onde a insulina é produzida. Acaba que a pessoa vai parando de produzí-la e a glicose que a pessoa come fica toda do lado de fora das células, no sangue.

Na tipo 2, geralmente, a pessoa tem gordura na barriga, geralmente não tem bons hábitos alimentares (e isso não significa apenas comer muito doce), geralmente tem fatores genéticos que dão aquele empurrãozinho e pronto, a insulina vai começando a ter dificuldades de fazer seu trabalho. Aí o pâncreas, achando que está faltando insulina, sai produzindo feito um maluco pra tentar resolver o problema, em vão. Chega um ponto em que ele desiste e a pessoa pára de produzí-la.

Os tratamentos para essas três condições tão distintas, mas com mesmo nome (Diabetes insípidus, diabetes mellitus tipo 1 e diabates mellitus tipo 2), são beeeeem diferentes também.

Em breve eu continuo, focando nos tratamentos.

OBS: não preciso nem dizer que isso aqui não substitui médico nem aqui nem na China, né? Qualquer identificação com os sintomas acima, procure seu médico (a)!